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Maioria dos ministros do TSE vota contra candidatura de Lula

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou por barrar a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto. Ainda restam dois ministros para votar, incluindo a presidente Rosa Weber.

O primeiro a votar fui o relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso, que se manifestou para barrar o pedido de registro de candidatura do ex-presidente à Presidência da República nas eleições de outubro. No voto, Barroso também entendeu que Lula não poderá mais aparecer no programa eleitoral veiculado no rádio e na televisão até que o PT faça a substituição dele por outro candidato. Conforme o entendimento, o ex-presidente também deverá ter o nome retirado da urna.

Barroso disse que Lula está inelegível com base na Lei de Ficha Limpa, aprovada em 2010, que vetou a candidatura de quem foi condenado por órgão colegiado. O ministro lembrou que a norma foi aprovada após mobilização da sociedade para moralizar a política e já foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Além do fato de a condenação ser notória, a prova é farta, e foram juntadas numerosas certidões demonstrando a condenação por órgão colegiado”, disse.

O ministro Edson Fachin foi o segundo a votar e empatou o placar ao se posicionar favoravelmente a Lula. Ele citou a recomendação do comitê de Direitos Humanos da ONU para justificar seu voto. “Contudo, em face da medida provisória obtida no Comitê de Direito Humanos, se impõe, em caráter provisório, reconhecer o direito, mesmo estando preso, de (Lula) se candidatar às eleições presidenciais de 2018”, defendeu.

Terceiro a votar, o ministro Jorge Mussi afirmou que Lula está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pela segunda instância da Justiça. “A Lei da Ficha Limpa, cuja constitucionalidade foi reconhecida pelo STF, representa essencial mecanismo de iniciativa popular para proteção da probidade administrativa e da moralidade para o exercício de mandato”, defendeu Mussi.

Depois foi a vez de Og Fernandes, que também se posicionou contra a candidatura de Lula. Para ele, a recomendação do comitê da ONU não tem força normativa necessária e não tem ação vinculante. Ele lembrou que a Lei da Ficha Limpa, que torna Lula inelegível, teve apoio popular e recebeu mais de 1 milhão de assinaturas da população favorável.

O ministro Admar Gonzaga se pronunciou em seguida, acompanhando o votodo relator. Ele disse que não cabe ao TSE decidir ou investigar sobre a culpabilidade do candidato e que outros órgãos do poder Judiciário têm esse papel. “Se a condenação foi justa ou injusta, cabe ao STF ou ao STJ deliberar a respeito”, defendeu o ministro.

Lula está preso desde 7 de abril na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos e um mês de prisão, na ação penal do caso do tríplex em Guarujá (SP), que foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

Fonte: Correio24horas
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