O cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo aponta que o reajuste médio de 5,5% na tabela do frete anunciado há duas semanas pelo governo vai custar R$ 1,09 bilhão ao comércio brasileiro até o fim deste ano. Os dados foram obtidos pelo jornal Estado de S. Paulo.
De acordo com a entidade, o resultado deve ser um achatamento da margem de lucro dos negócios. Comerciantes não terão espaço para repassar a elevação do custo com transportes aos preços das mercadorias vendidas aos consumidores diante do cenário de atividade econômica fraca, de acordo com avaliação de Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
“A grande consequência é o sacrifício da margem, investimentos mais fracos e menos contratações de funcionários”, avalia Bentes. “Alguns comerciantes vão acabar repassando para os preços, mas outros não vão conseguir e vão ter que sacrificar margem. Isso vai afetar a recuperação, a abertura de lojas e a geração de vagas. Tudo fica mais lento com esse gatilho de custo do comércio”, declarou.