Um relatório do Coaf aponta que o ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), hoje senador eleito pelo Rio de Janeiro, recebeu depósitos em espécie e por meio de transferências de oito funcionários que já foram ou estão lotados no gabinete do parlamentar, de acordo com o jornal O Globo.
De acordo com o documento, anexado às investigações da Operação Furna da Onça, o subtenente da Polícia Militar Fabrício José de Carlos Queiroz teve uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão de 01/01/2016 e 31/01/2017.
Uma das filhas do PM, Nathalia Melo de Queiroz estava lotada no gabinete de Flávio até dezembro de 2016, com salário de R$ 9.835,63. No período fez depósitos que totalizaram R$ 84.110,04 e transferência de R$ 2.319,31.
Ainda segundo o jornal, a mulher de Queiroz, Marcia Oliveira de Aguiar, exerceu cargo de consultora parlamentar do gabinete de Flávio, com salário bruto de R$ 9.835,63, entre 02/03/07 a 01/09/17. Ao marido, o repasse em dinheiro foi de R$ 18.864,00, segundo o Coaf. Em transferências, o valor chegou a R$ 18,3 mil.
Na lista, há ainda três funcionários que aparecerem na última folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio disponibilizada no site da Casa, a de setembro deste ano.
Flávio Bolsonaro e Queiroz não são alvo de investigações. O Ministério Público Federal (MPF) ressaltou que a identificação de movimentação atípica não configura um ilícito por si só.