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‘O Exército não matou ninguém’, diz Bolsonaro sobre morte de músico no Rio

Declaração foi dada em entrevista a jornalistas em Macapá

Jair Bolsonaro (PSL) falou nesta sexta-feira (12) pela primeira vez sobre a morte do músico e segurança Evaldo Rosa dos Santos, 46 anos, que teve o carro atingido por mais de 80 tiros no Rio de Janeiro.

“O Exército não matou ninguém, não, o Exército é do povo. A gente não pode acusar o povo de ser assassino não. Houve um incidente, houve uma morte, lamentamos a morte do cidadão trabalhador, honesto, está sendo apurada a responsabilidade”, disse , em entrevista a jornalistas em Macapá.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ele disse que a investigação apura as circunstâncias do crime para “ter realmente certeza do que aconteceu naquele momento”.

“O Exército, na pessoa do seu comandante, o ministro da Defesa, vai se pronunciar sobre esse assunto. Se for o caso, me pronuncio também. Com os dados na mão, com os números na mão, nós vamos assumir a nossa responsabilidade e mostrar realmente o que aconteceu para a população brasileira”, afirmou.

Militares envolvidos


Nove dos dez militares presos em flagrante na ação que resultou na morte do músico tiveram suas prisões convertidas para preventiva na tarde desta quarta-feira (10). Eles passaram por audiência de custódia junto à Justiça Militar, que considerou que o grupo descumpriu “regras de engajamento” (abordagem).

Segundo o Ministério Público Militar, “em tese” eles deverão responder por homicídio doloso e tentativa de homicídio. Tiveram as prisões em flagrante convertidas para preventiva o segundo-tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo, o terceiro-sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva e os soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Santanna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa Gonçalo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva de Barros Lins e Vitor Borges de Oliveira. O soldado Leonardo Delfino Costa, que alegou não ter atirado, foi solto.

Os dez foram presos administrativamente por descumprirem regras e procedimentos na abordagem que vitimou Evaldo. A audiência de custódia desta quarta teve por finalidade analisar apenas a legalidade dessa prisão – o inquérito que irá apontar os culpados pela morte corre em paralelo. Apesar disso, o procurador de Justiça Militar Luciano Gorrilhas afirmou que, em tese, eles responderão por homicídio doloso e tentativa de homicídio.

Também investigados, o cabo Paulo Henrique Araújo Leite e o soldado Wilian Patrick Pinto Nascimento não foram detidos. Eles apenas dirigiam os veículos dos militares. A audiência desta quarta foi presidida pela juíza federal substituta da Justiça Militar da União (JMU) Mariana Queiroz Aquino Campos, da 1.ª Auditoria do Rio de Janeiro.

Fonte: Correio.
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