O deputado Dal (PP) parabenizou as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) pela passagem do 60º aniversário de fundação da instituição filantrópica, comemorado no dia 26 de maio. O parlamentar aproveitou a ocasião para destacar a importância do grande legado deixado pelo “Anjo Bom da Bahia”, que teve o segundo milagre reconhecido pelo Vaticano, e será a primeira mulher nascida no Brasil a ser canonizada.
De acordo com o progressista, os números justificam o fato das OSID serem consideradas um dos maiores complexos de atendimento à saúde 100% SUS no país. “São 3,5 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano a usuários do SUS, como idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, moradores de rua, usuários de drogas e crianças e adolescentes em situação de risco social”, destaca Dal.
Somente na sede das Obras Sociais, local que atende diariamente cerca de 2 mil pessoas, são realizadas por ano 12 mil cirurgias, além de 18 mil internações. Atualmente, mais de 4 mil profissionais trabalham na organização, sendo mais de 2 mil funcionários somente no complexo da capital baiana, local onde atuam ainda 320 médicos e 125 voluntários, sendo a própria instituição.
“Envio as minhas congratulações a todos que contribuíram de alguma forma para que a instituição chegasse a esse patamar. Nossa admiração e reconhecimento aos valorosos e competentes profissionais que, ao longo desses anos, ofereceram aos seus pacientes um trabalho de qualidade, sempre acompanhado de muita dedicação e amor ao próximo”, afirmou, estendendo a homenagem à superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Lopes Pontes, e a gestora de Saúde, Lucrécia Savernini.
O COMEÇO
Tudo começou no ano de 1927, quando Maria Rita Lopes Pontes, com apenas 13 anos de idade, começou a demonstrar uma qualidade que se tornou, ao longo de sua existência, uma característica marcante de sua vida: a caridade. Ela tinha o hábito de levar as pessoas doentes para sua residência, na Rua da Independência, bairro de Nazaré.
No dia 13 de agosto de 1933, recebeu o hábito de freira no Convento de Nossa Senhora do Carmo, na cidade de São Cristóvão, estado de Sergipe e passou a adotar o nome de Irmã Dulce.
Ao retornar a Salvador, Irmã Dulce continuou a prestar assistência social às pessoas carentes, principalmente aos doentes que encontrava abandonados nas ruas.
Foi no ano de 1949, após procurar durante anos um local para recolher os enfermos, que as Obras Sociais Irmã Dulce tiveram suas sementes plantadas em solo fértil, quando a freira solicitou permissão à madre superiora para abrigar 70 doentes em um galinheiro abandonado ao lado do Convento Santo Antônio.
Apesar de ser portadora de uma doença respiratória grave que a obrigava receber tratamento intensivo durante as crises severas, Irmã Dulce resistia ao sofrimento com paciência e resignação. Recuperada, retomava suas atividades assistenciais com a mesma dedicação, dispensando amor e carinho aos necessitados.
No dia 26 de maio de 1959, o grande sonho da vida de Irmã Dulce foi realizado: a fundação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), que, de um simples galinheiro abandonado, transformou-se em um dos maiores complexos de assistência médica, social e educativa do Brasil, com 40 mil metros de área construída, onde funcionam 21 núcleos de assistência à população de baixa renda nas áreas de Saúde, Assistência Social, Pesquisa Científica, Ensino em Saúde e Educação. (ASCOM-ALBA)