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Casal é preso por manter idosa em cárcere privado por 20 anos

Mulher de 63 anos não recebia salário e não podia sair de imóvel de dois cômodos

Uma idosa de 63 anos foi libertada pela polícia, na madrugada desta terça-feira (25), depois de passar pelo menos 20 anos em cárcere privado. O caso aconteeu na cidade de Vinhedo, no interior do estado de São Paulo. 

De acordo com a Polícia Civil do estado, um casal identificado como Elcio Pires Junior e Marina Okido foi preso pelo crime. Eles começaram a ser investigados depois que a polícia recebeu uma denúncia de estelionato contra os dois. Ao chegar na casa onde moravam, os agentes encontraram a vítima. 

A idosa era mantida em situação análoga à escravidão. Segundo os policiais, ela era obrigada a cuidar da mãe da suspeita – outra idosa de 88 anos – e não recebia nenhum salário por isso. Segundo o G1, a vítima teria pedido ajuda aos agentes. 

Foi nesse momento que os policiais acharam a situação estranha e decidiram conduzir o casal à delegacia. Na unidade, descobriram que a família da vítima ja tinha registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento.  idosa é natural de Colorado, no Paraná. 

A vítima morava em dois cômodos sem acesso à rua e não tinha contato com nenhum ambiente externo. Ela saiu do Paraná para morar em São Paulo para trabalhar como empregada doméstica na casa do casal – inicialmente em Campinas, depois em Vinhedo. Ainda de acordo com o G1, além de ter sido agredida por eles, nunca recebeu salário. Seu documento também tinha sido confiscado pelos suspeitos. 

“Ela não tinha contato com o mundo exterior. Ela tinha um isolamento social absurdo. Ela não saía da residência, não falava com ninguém a não ser com os autuados e com a senhora idosa”, disse a delegada Denise Margarido, ao G1. 

Na investigação, a Polícia Civil descobriu que o casal usava uma conta aberta no nome da idosa para aplicar golpes em comércios no bairro onde moravam. “Eles abriram a conta com a justificativa de pagar o salário dela, mas nunca pagaram e começaram a dar cheques em lojas para praticar o estelionato”, completou a delegada.

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