O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel, determinou ontem (27) o arquivamento da investigação contra o procurador da República Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, por suposta “falta funcional”, após o vazamento de mensagens trocadas com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O portal “The Intercept” reproduziu neste mês diversas conversas no aplicativo Telegram atribuídas a Dallagnol e Moro, então juiz da Lava Jato em Curitiba.
De acordo com o site, eles trataram de assuntos investigados pela operação e, segundo o site, Moro orientou ações dos procuradores e cobrou novas operações.
De acordo com o G1, ao decidir pelo arquivamento, o corregedor Rochadel ententeu que há elementos que apontam que as mensagens divulgadas pelo site foram obtidas de forma ilícita. Ele afirmou ainda que não há indícios de infração funcional nos diálogos.
Ao CNMP, Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato afirmaram, em suas defesas, que “houve ilicitude dos elementos do pedido de apuração porque ‘as supostas mensagens foram obtidas de forma ilícita, com violação ao sigilo das comunicações'”.
Eles ainda argumentaram que não há motivos para prosseguimento da apuração “em razão de descrição deficiente de fatos” e que “não houve infração funcional ‘por ausência de conluio com o magistrado mencionado nas representações’. (Metro1)