Depois de ter dado uma palestra sobre os primeiros seis meses do governo Bolsonaro, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) conversou com jornalistas, em Salvador, nesta quarta-feira (17).
Ele falou sobre a relação com o governador Rui Costa (PT), a quem tem “apreço, respeito, estima e amizade”, e negou que sua intenção tenha sido “agredir” o petista ao acusá-lo de articular pela aprovação da Reforma da Previdência.
“Uma turma do PT fica agredindo a Tabata, o PDT, como se nós não tivéssemos as nossas dificuldades e fôssemos pouco fieis à luta do povo, enquanto o PT é o perfeito guia genial dos povos, que não falha, e eu lembrei que os governadores do PT e do PCdoB atuaram, mesmo, pesadamente em favor da reforma da previdência, provavelmente porque acham que é uma providência correta. E tudo isso eu sei de fonte primária”, disse.
“Na Bahia, foram 25 [votos] a 13. No Ceará foram 11 a 11. Pelo Ceará a reforma não tinha passado. Pela Bahia passou”, acrescentou o pedetista.
Questionado sobre os deputados do PDT que votaram pela reforma, incluindo Tabata Amaral e o baiano Alex Santana, Ciro limitou-se a dizer que irá esperar a orientação da Comissão de Ética do partido, que nesta quarta suspendeu os parlamentares.
“Hoje a executiva tomou uma providência, suspendeu os deputados, determinou que a comissão de ética recolhesse a defesa de cada um deles, e a partir daí a comissão de ética vai individualizar a recomendação ao diretório nacional. Como sou membro do diretório, não seria ético que, estando a questão sobre julgamento, que eu antecipasse mais qualquer tipo de opinião”.
O ex-presidenciável ainda minimizou a ausência de Alex e Félix Mendonça Jr., presidente do PDT baiano, no evento desta quarta, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba): “Tem que perguntar pra ele [Alex]. Félix explicou que estava com problema de dente e mandou representante”.
*Bahia.Ba