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Mãe faz alerta sobre celulite ocular depois de filho ficar oito dias internado

Depois de se assustar com o diagnóstico de celulite ocular ao notar um inchaço no olho esquerdo do filho Asafe, de três anos, a técnica jurídica Patrícia Barros, de Beruri, Amazonas, utilizou as redes sociais para fazer um alerta a outras mães sobre a doença perigosa e pouco conhecida. A postagem com o relato do caso e fotos do menino durante o tratamento foi publicada pela primeira vez no dia 6 de julho e já teve mais de 64 mil compartilhamentos.

Em entrevista à Crescer, Patrícia conta que notou pela primeira vez um pequeno inchaço no olho do filho na quinta, dia 10 de maio, pela manhã. “O Asafe nasceu com o canal lacrimal do olho esquerdo obstruído e havia feito recentemente uma cirurgia para corrigir o problema. Achei que poderia ter algo a ver com isso e fiz compressas acreditando que ia passar. No dia seguinte, quando fui acordá-lo, me assustei porque o inchaço havia crescido muito e a pele ao redor do olho começou a ficar vermelha”, conta.

No sábado, o olho esquerdo do menino estava completamente fechado por causa do inchaço. Na cidade de Beruri, que tem cerca de 14 mil habitantes, não há oftalmologistas, então a família decidiu no domingo fazer a viagem fluvial de 3 horas até Manaus, onde o garoto foi atendido por um especialista. “O médico fez o exame, diagnosticou a celulite orbital e o Asafe foi internado imediatamente para tomar os antibióticos”, conta.

O menino ficou oito dias internado tomando medicação endovenosa. “No caso do Asafe, os médicos disseram que uma sinusite que ele teve e não foi tratada corretamente, contribuiu para o acúmulo de secreção nos tecidos e a proliferação da bactéria que causou a celulite facial. Eles alertaram que era um quadro bem delicado, porque, por estar no rosto, havia o risco de a bactéria migrar para o cérebro, mas, felizmente, ele se recuperou bem e sem sequelas”, afirma Patrícia.

No terceiro dia de internação, a bolsa de secreção que se formou embaixo do olho do menino, estourou espontaneamente, e o pus começou a ser drenado. Asafe foi liberado para voltar para casa em 19 de maio, oito dias após o início do tratamento. O inchaço, porém, só desapareceu completamente uma semana depois de o menino deixar o hospital. “O Asafe é um guerreiro e foi muito forte. Pedia para ele dormir para passar a dor e ele seguia meu conselho”, diz Patrícia. “Escrevi o post porque foram dias difíceis e de medo e quero alertar outras mães para que, se notarem que o olho do filho está inchado, procurem um especialista. Os médicos disseram que se não tivéssemos levado nosso filho para Manaus no domingo, nosso caso não teria tido um final feliz”.

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