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‘Jogo cínico que Moro e Dallagnol estavam fazendo acabou’, diz Glenn Greenwald

O jornalista Glenn Greenwald, cofundador do portal The Intercept Brasil, disse ontem (2) que as afirmações do ministro Sergio Moro, e do coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, de que não reconhecem a autenticidade dos conteúdos publicadosna série “Vaza Jato” não se sustentam.

“A autenticidade desse arquivo não está mais em dúvida. Esse jogo cínico que o Moro e Dallagnol estavam fazendo no começo acabou. A questão é como vamos fortalecer o combate à corrupção. Sabemos que temos o ministro da Justiça e o coordenador que usavam métodos completamente corruptos, não em casos isolados, mas o tempo todo”, afirmou ele, ao ser entrevistado no programa “Roda Viva”, da TV Cultura. 

Glenn citou como justificativa o caso da procuradora Jerusa Viecili, da força-tarefa da operação em Curitiba, que publicou um pedido de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em suas redes sociais, ao reconhecer assim a veracidade de uma mensagem. 

O jornalista também acredita que a Operação Lava Jato deve ser fortalecida depois do vazamento das mensagens, que reforçaria que não seria possível combater a corrupção com métodos corruptos.

“É impossível combater a corrupção com corruptos ou métodos corruptos. Então, acredito, sem dúvida, que o trabalho jornalístico que estamos fazendo não está enfraquecendo a Lava jato, está fortalecendo a Lava jato e o combate à corrupção, porque está levando mais integridade e mais credibilidade [à operação]”, disse.

Ele foi perguntado se Moro poderia se tornar um potencial candidato na sucessão de Bolsonaro na Presidência da República e respondeu: “Se Jair Bolsonaro pode ganhar uma eleição, qualquer um pode”.

O jornalista disse tambémque não pagou pelo conteúdo publicado no Intercept.  “Nunca pagamos nenhum centavo para nenhuma fonte, inclusive a fonte que passou essa informação para a gente”, declarou.

Ele defendeu ainda que mais importante do que discutir sobre a fonte é falar sobre o conteúdo que tem sido divulgado.

“Eu acho que o mais importante é o conteúdo, mostrando o que os poderosos fizeram, e não quem é nossa fonte. O público tem o direito de saber que essas pessoas poderosas fizeram nas sombras”, afirmou.

Para o jornalista, a imprensa têm não só o direito, mas a obrigação de publicar os conteúdos das mensagens. “Isso é a história dos jornalistas não só aqui mas em todo o mundo democrático”, disse. (Metro1)

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