Banner Rotativo Aleatório

Mulheres e crianças que já tiveram zika desenvolvem imunidade ao vírus, diz estudo

Mulheres e crianças que já foram infectadas pelo vírus zika podem desenvolver imunidade a doença, segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), divulgada neste sábado (5/10). Os pesquisadores detectaram que 80% dos 100 pacientes analisados ficaram imunes depois de adoecer.

As crianças que participaram do estudo estão sendo acompanhadas desde que nasceram, em 2016. Segundo a pesquisadora da Fiocruz Luzia Maria de Oliveira Pinto, a partir de 2018, elas começaram a ter o sangue coletado e analisado para entender a reação do sistema imunológico delas a uma nova exposição ao vírus.

“A gente começou a avaliar o sangue das mães e das crianças para entender um pouco da imunidade delas, ou seja, para entender se, um dia, caso essas pessoas entrem em contato com o vírus novamente, teriam a capacidade de reagir a esse vírus e não ficar mais doente, ou seja, adquirindo a imunidade”. Segundo ela, participam do estudo 50 mães e 50 crianças infectadas pelo Zika e o resultado foi de 80% de imunidade nos dois casos.

Além do acompanhamento laboratorial desses 100 pacientes, a UFF também faz o acompanhamento clínico de mais de 260 crianças infectadas pelo vírus que nasceram na região de Niterói. O objetivo, segundo a pesquisadora da UFF, Claudete Araújo Cardoso, é checar se elas desenvolvem alguma doença ou complicação ao longo dos cinco primeiros anos de vida.

Nesse acompanhamento, os pesquisadores verificaram, por exemplo, que alguns bebês que nasceram aparentemente saudáveis desenvolveram um quadro de microcefalia de três a seis meses após o parto. Claudete explica que o fenômeno já havia sido constatado em 13 crianças do Nordeste e foi confirmado agora em seis crianças que estão sendo acompanhadas pela UFF.

“Elas nasceram com perímetro cefálico normal, mas, por ação do vírus, o cérebro da criança para de crescer e de se desenvolver. Esse é um alerta que a gente passa para a população: se nasceu durante uma epidemia ou a mãe teve manchas na pele durante a gravidez, tem que ser feito um acompanhamento criterioso na rede básica, no posto de saúde”, disse. (AratuOn)

Banner Rotativo Aleatório

Veja Também

Mais Recentes

spot_img