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Bolsonaro diz que Brasil adotou postura de centro-direita na ONU

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (7) que o voto do Brasil contra a resolução que condena o embargo econômico a Cuba é resultado de uma mudança em direção à centro-direita na política externa do governo brasileiro. Pela primeira vez em 27 anos, o Brasil cedeu às pressões dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, o governo americano pediu duas vezes que o Brasil mudasse seu posicionamento histórico de rechaço a medidas econômicas unilaterais.

Em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro ressaltou que Cuba é uma ditadura de esquerda e que, por isso, deve ser tratada “como tal”. Para ele, sob seu comando, o Brasil tornou-se um país mais democrático. “Pela primeira vez, o Brasil acompanhou os Estados Unidos na questão do embargo para Cuba. Afinal de contas, aquilo é uma democracia? Não é. É uma ditadura. Então, tem de ser tratada como tal. O Brasil vai mudando a sua posição mais ao centro-direita. Como disse na semana passada, o meu governo é o mais democrático que eu tenho conhecimento ao longo dos últimos anos”, disse.

Para convencer o Brasil, os Estados Unidos argumentaram que, ao condenar o embargo contra Cuba, o país passaria a mensagem de que a nação caribenha pode continuar interferindo impunemente na Venezuela. Mesmo países que têm relação muito próxima aos Estados Unidos e dependem pesadamente de ajuda econômica americana resistiram às pressões de Washington. A Colômbia e a Ucrânia, por exemplo, abstiveram-se na votação.

Apesar de ter afirmado que o seu governo é o mais democrático dos últimos anos, Bolsonaro voltou a atacar a atividade da imprensa, incluindo a Folha de S.Paulo, e anunciou que o Poder Executivo não assinará também a revista “Carta Capital”. Para ele, os dois veículos publicam “notícias desnecessárias”. Na semana passada, Bolsonaro anunciou o corte das assinaturas e, em tom de ameaça, disse que os anunciantes “devem prestar atenção”.

“A partir do ano que vem, não tem mais Folha de S.Paulo na Presidência.E também não vai ter mais a revista Carta Capital, contrato assinado no ano passado. Para que assinar uma revista dessa? Só tem mentira. Não é nem Fake News. Fake News tem uma certa inteligência muitas vezes. Ali é mentira deslavada, uma revista que, lamentavelmente, não presta para nada”, disse. 

O presidente ressaltou que a revista “não interessa para o governo” e que, por ser de esquerda, defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que também não repassará verba de publicidade nem para ela nem para a revista “Istoé”. “Agora, ficou ruim para essas revistas. Não tem mais verba oficial para elas. Acabou a mamata. Essas revistas têm de criticar mesmo. Falam um monte de abobrinha sobre o meu governo”, disse. “Não é perseguindo a Folha nem perseguindo a Carta Capital. Notícias desnecessárias que tem ali. Estamos economizando dinheiro para contribuintes”, ressaltou. *Bahia Notícias.

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