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Óleo retirado das praias está armazenado sem destino um mês após constantes limpezas na Bahia

Chegada das Manchas na Bahia

As manchas de óleo que atingem o Nordeste desde o dia 2 de setembro, permanecem presentes em algumas praias em toda região. Na Bahia, a chegada da substância aconteceu no dia 3 de outubro, quando moradores viram manchas na localidade de Mangue Seco, na cidade de Jandaíra, Litoral Norte. Porém, conforme o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a substância chegou no estado dois dias antes, no dia 1, em Santo Antônio, em Mata de São João. Na capital baiana a chegada das manchas ocorreu no dia 10 de outubro, na Praia do Flamengo.

Localidades Atingidas

No total, já são mais de 10 estados, 116 municípios e 651 localidades afetadas, de acordo com o Ibama.

Em análises diárias feitas em todo o Nordeste, o Ibama apontou que 13 localidades da Bahia continuam com manchas de óleo e outras 165 com vestígios da substância.

Na capital baiana, as localidades atingidas foram: as praias atingidas foram as de Ipitanga, Praia do Flamengo, Stella Maris, Itapuã, Piatã, Patamares, Jaguaribe, Pituaçu, Corsário, Boca do Rio, Jardim de Alah, Jardim dos Namorados, Pituba, Amaralina, Ondina, Rio Vermelho e Farol da Barra. Do início do aparecimento até o momento, as mais atingidas foram Ipitanga, Stella Maris, Praia do Flamengo, Pituaçu, Corsário, Pituba e Rio Vermelho.

Limpeza

Foto: Raul Spinassé/Folhapress

As ações de limpeza das praias em todo o Nordeste foram realizadas por por militares da Marinha, da Petrobras, da Força Aérea Brasileira, além do exército e órgãos estaduais e municipais. Em toda região, já foram recolhidas mais de 4.500 toneladas de óleo desde o início do aparecimento das manchas nas praias.

Em Salvador, a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) informou que foram contabilizadas 135,5 toneladas de petróleo retiradas das praias, desde o dia 10 de outubro, quando as manchas atingiram a capital baiana, em operações realizadas dia e noite em regime especial.

Após a diminuição da quantidade do óleo nas praias no mês de novembro, a Limpurb tem realizado pente-fino dos fragmentos que restaram nas praias, com 405 agentes realizando o monitoramento de São Tomé de Paripe até Ipitanga.

Destino da substância

Foto: Varela Notícias

Em Salvador e nas outras cidades da Bahia atingidas, a substância permanece sem destino certo. De acordo com a Limpurb, foram definidos procedimentos para a retirada das manchas das praias, seguindo um protocolo estabelecido pelo Ibama.

Após o material ser recolhido das praias, ele é encaminhado para pesagem, onde é contabilizada a quantidade retirada em cada região. Após a pesagem, o petróleo é levado para um depósito temporário na sede da Limpurb, onde fica armazenado em um contêiner forrado por uma manta de material PVC, em área coberta e fora do alcance de pessoas e animais. O material permanecerá lá até os órgãos ambientais estabeleceram para onde será levado.

Ainda de acordo com a Limpurb, não é possível mostrar foto de como o material fica armazenado, por se tratar de um local de acesso restrito.

Investigação

Foto: Divulgação/Lapis

Desde o início da chegada das manchas, o Ibama realizou o monitoramento de todas regiões afetadas, e estabeleceu ações conjuntas com a Marinha, a Polícia Federal, a Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras, órgãos ambientais estaduais e municipais.

Algumas suspeitas do responsável pelo vazamento do óleo já foram apontadas. A última ocorreu no domingo (17), quando pesquisadores do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) identificaram o suposto responsável pelo derramamento de óleo no litoral do Nordeste e do Espírito Santo.

O nome da embarcação não foi divulgada, mas a informação é que o cargueiro teria saído da Ásia. De acordo com pesquisadores da Ufal, o navio ficou um período antes do acidente com a localização desligada, o que fere o Direito Marítimo Internacional.

No dia 19 de julho, mesmo mês em que ficaram sem serem localizados, uma imagem do satélite aponta uma mancha de óleo de 25 km de extensão e 400 metros de largura, ainda desconhecida, a 26 km de distância da Paraíba, capital de João Pessoa.

Na última segunda-feira (18), este mesmo navio suspeito iniciou uma nova viagem saindo da Ásia e, de acordo com os investigadores da Ufal, deve passar novamente pelo litoral brasileiro ainda esta semana, com destino à Venezuela. A embarcação está sendo monitorada por satélite. *Varela Notícias.

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