O porteiro do condomínio onde o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem casa no Rio de Janeiro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (20).
O inquérito, que está em sigilo, foi aberto a pedido do Ministério Público Federal (MPF), depois de um ofício encaminhado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, ao procurador-geral da república, Augusto Aras.
Segundo o portal G1, o porteiro voltou atrás sobre a informação que tinha dado anteriormente à Polícia Civil, nos dias 7 e 9 de outubro.
Em depoimento à PF, o porteiro disse que errou ao dizer que havia falado com o “Seu Jair” no dia do assassinato da ex-vereadora, Marielle Franco (PSOL), e que se equivocou ao anotar o número 58 no registro do condomínio.
Ainda de acordo com o G1, o porteiro alegou que, quando chamado a depor pela Polícia Civil nos dias 7 e 9, ficou nervoso e não se corrigiu, mesmo sabendo que tinha errado ao anotar como sendo a casa 58, de Bolsonaro, o destino de Élcio de Queiroz.
Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime.
O depoimento desta terça-feira do porteiro à PF faz parte do inquérito que apura se ele cometeu crimes de obstrução da Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa contra o presidente.