O Greenpeace, organização não governamental de renome mundial, vem mobilizando recursos de divulgação na internet, para denunciar supostos métodos ostensivos de intimidação a comunidades tradicionais no cerrado baiano.
De acordo com o conteúdo de um vídeo editado pelo Greenpeace, o condomínio de fazendas Estrondo obteve renovação de uma licença para desmatar 25 mil hectares na região.
A licença obtida junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento teria animado os investidores a ampliar a ocupação de áreas onde os moradores mais antigos, de geração em geração, garantem a subsistência com pequenas lavouras e criação de animais.
O condomínio Estrondo tem como principal negócio a exportação de grãos de soja por empresas multinacionais para serem transformados em ração visando à engorda dos rebanhos de aves, suínos e bovinos.
As propriedades rurais operam em escala industrial e a tendência é buscar a expansão dos territórios onde já operam a fim de aumentar a produtividade e maximizar os lucros com as exportações.
Êxodo forçado – Para ambientalistas do Greenpeace, a presença dos homens armados surpreende os pequenos produtores em seu cotidiano de trabalho, geralmente distribuído entre os familiares.
Os ativistas têm observado também a participação de policiais civis da região nas operações, cujo objetivo, conforme avaliou o Greenpeace, é assustar os moradores de comunidades tradicionais e forçar o êxodo rural para o aproveitamento das terras por parte dos grandes investidores a serviço das multinacionais. (ATarde)