Banner Rotativo Aleatório

123 profissionais do Hospital Universitário da UFBA testaram positivo para covid-19

Mesmo sem ser unidade referência para o tratamento da covid-19, o Hospital das Clínicas, vinculado à Universidade Federal da Bahia (Ufba), já registrou 123 profissionais infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia. Para funcionários da casa, a administração da unidade não fez um bom preparo para o enfrentamento da pandemia e não houve separação de ala destinada exclusivamente à nova doença, fator que pode ter contribuído para a disseminação de casos. 

Ao todo, mais de 300 testes já foram realizados em trabalhadores do hospital, segundo informações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que é vinculada ao Ministério da Educação, e que administra a unidade. O Hospital das Clínicas possui 2.640 empregados, incluindo área médica, administrativa e assistencial.

Segundo a Ebserh, os trabalhadores sintomáticos que testaram positivo para o novo coronavírus foram atendidos e afastados das atividades. Ao fim da quarentena, os profissionais retornam ao trabalho. Não foi informado o número de pessoas que estão afastadas atualmente.

A empresa gestora diz que não há como afirmar que a transmissão ocorreu internamente, já que muitos profissionais da casa têm outros empregos. Superintendente do complexo hospitalar, Antônio Carlos Lemos, confirma que a unidade não criou ala de covid-19, como a maioria dos hospitais, mas diz que a denúncia de má preparação é ‘inverídica’. 

“Todos os casos, quando são diagnosticados e têm condições clínicas de serem transferidos, são imediatamente transferidos. Quando colocamos os pacientes na chamada Enfermaria 4A, com suspeita de covid-19, todos os EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] são fornecidos para os trabalhadores como se covid-19 os pacientes tivessem, até que se prove se tem ou não têm”, informou. 

Em anonimato, uma médica trabalhadora do complexo conta que os profissionais não foram separados entre quem fica responsável pelo atendimento dos casos suspeitos da doença e quem cuida das demais enfermidades. 

“O hospital recebe pacientes da regulação, mas não testa os pacientes, então é um ambiente de exposição.  Existe uma situação de despreparo, não é um hospital de referência e nem está articulado com a rede de saúde, tem um patamar considerável de casos de infecção. Nós teríamos 80 leitos exclusivos de covid-19 se o reitor e o estado tivessem interesse em organizar, teria poupado gastos com hospitais de campanha”, afirma. (Correio)

Banner Rotativo Aleatório

Veja Também

Mais Recentes

spot_img