Os depósitos de Fabrício Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro, esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), eram constantes, de acordo com reportagem da revista Crusoé. As transferências teriam acontecido entre 2011 e 2018, com valor total que chegaria a R$ 72 mil.
Fabrício Queiroz foi assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro na época em que ele era deputado estadual do Rio de Janeiro, e é suspeito de comandar um esquema de “rachadinha” no gabinete do filho do presidente.
Segundo a reportagem, que também teve acesso à quebra de sigilo bancário de Queiroz autorizada pela Justiça, nenhum depósito de Jair Bolsonaro foi encontrado nas contas de Queiroz como devolução do dinheiro depositado nas contas da primeira-dama.
Em dezembro de 2018, o presidente justificou um depósito de R$ 24 mil de Queiroz nas contas de Michelle dizendo que o valor seria relativo a um empréstimo de R$ 40 mil que ele teria concedido ao amigo.
A reportagem ainda aponta, com base na quebra de sigilo, que Queiroz recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Desse montante, R$ 1,6 milhão seriam salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, e outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro, o que indicaria o esquema de rachadinha. Além disso, houve o depósito de R$ 900 mil em dinheiro, sem identificação do depositante. (Metro1)