O Tribunal de Justiça de Goiás arquivou na terça-feira (6), por decisão unânime, a denúncia do Ministério Público contra o padre Robson de Oliveira Pereira. Ele foi acusado de lavagem de dinheiro usando a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
A sessão aconteceu de maneira virtual. O padre foi alvo de uma operação do MP que começou em agosto deste ano, sob suspeita de praticar lavagem de dinheiro, apropriação indébita, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica.
O desembargador Nicomedes Domingos Borges disse que não existem provas suficientes de que o dinheiro doado pelos fiéis teve desvio de finalidade. O voto foi acompanhado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal.
A associção, que é responsável pela Basílica de Trindade, em Goiás, arrecadava doações para construir uma nova basílica na cidade. Milhares de fiéis frequentam o local. O padre pediu afastamento do comando das entidades que ele presidia que são ligadas à Afipe.
A arquidiocese suspendeu o direito do padre realizar celebrações, temporariamente, em agosto, quando as denúncias surgiram.
Defensor do padre, o advogado Pedro Paulo de Medeiros disse ao Uol que seu cliente foi exposto de uma maneira desnecessária, afirmando que o MP poderia ter resolvido tudo chamando o padre para explicações.
O MP afirmou que só comentará o arquivamente após ter acesso à decisão na íntegra.
O padre sempre afirmou sua inocência. Na época da denúncia, publicou vídeo em redes sociais afirmando que todo dinheiro arrecadado foi usado para atividades religiosas.
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