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Rodízio de energia elétrica é restabelecido nos 13 municípios atingidos no Amapá

Moradores de 12 municípios do Amapá finalmente passaram um dia sem que o serviço fosse interrompido onze dias após um incêndio em um transformador deixar 13 das 16 cidades do Amapá sem energia elétrica. Na capital Macapá,o pleito eleitoral deste domingo, 15, foi adiado por segurança.

De acordo com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), o fornecimento energético funcionou de forma intergral durante todo o domingo, 15, em 12 das 13 cidades atingidas pelo problema. Já em Macapá, onde há dias a população convive com um rodizio, o sistema funcionou a 100% apenas das 7h ao meio-dia.

Entre 12h e 19h, 90% da capital do estado pôde ser atendida sem grandes problemas, mas após este horário, o rodízio precisou ser retomado devido ao aumento da demanda. E o fornecimento voltou a ser parcialmente interrompido, conforme a escala previamente divulgada pela CEA.

De acordo com a empresa transmissora estatal, ao longo do dia houve registros de problemas pontuais em algumas localidades, porém rapidamente solucionados.

O esquema de rodízio em vigor desde a última quinta-feira, 12, já foi restabelecido nos 13 municípios afetados, e vai seguir sendo adotado por tempo indeterminado. Entre 7h e 19h, o fornecimento é mantido por quatro horas, conforme a escala de horários e bairros divulgada pela CEA. E das 19h às 7h do dia seguinte, por três horas

Incêndio

O apagão que atingiu milhares de amapaenses foi causado por um incêndio em um transformador da subestação da capital, Macapá, que ocasionou o desligamento automático nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a região.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o transformador incendiado pertence à empresa concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), do grupo Gemini Energy. Como outros dois equipamentos também foram danificados, não houve possibilidade de reaproveitamento das peças para religamento da subestação. No dia seguinte ao acidente, o Ministério de Minas e Energia aromou uma força-tarefa para enfrentar a crise e a estatal Eletronorte, subsidiária da Elebrobras, assumiu o fornecimento emergencial de energia. As Forças Armadas foram mobilizadas para transportar equipamentos e suprimentos para o estado e atender à população.

Na última quarta-feira, 11, a Polícia Civil do Amapá divulgou o resultado de um laudo preliminar que aponta que, ao contrário do que a LMTE informou, o incêndio no transformador da subestação de Macapá não foi causado por um raio, mas sim pelo superaquecimento em uma peça do equipamento. No mesmo dia, policiais civis cumpriram mandados de busca nas instalações da empresa, onde apreenderam documentos e realizaram novas perícias.

Na sexta-feira, 13, a 2ª Vara Federal Cível do Amapá estendeu o prazo para que a LMTE restabeleça integralmente o fornecimento energético para todo o estado, sob pena de multa de R$ 50 milhões. Em nota divulgada neste domingo, 15, a empresa informou que um novo transformador deve chegar a Macapá nos próximos dias, e assim que seja instado, comece a funcionar, e vai permitir que o serviço seja normalizado em poucos dias.

Leia a matéria original em A Tarde

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