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Ministério da Saúde só irá agir contra ‘segunda onda’ de Covid-19 quando as mortes aumentarem

A cúpula do Ministério da Saúde não pretende endurecer restrições para o controle da pandemia, como o isolamento social ou aumento no número de testes, até que a média diária de mortes volte a subir consideravelmente. O alerta somente será disparado, segundo relatos feitos ao Estadão, quando houver alta consistente no número de óbitos pela doença.

A recomendação vai totalmente de encontro ao que o do neurocientista e coordenador do Comitê Científico do Nordeste, Miguel Nicolelis, alertou em entrevista ao Aratu On. “Neste momento, nós temos que começar a preparar a população e preparar os estados e municípios para o que está por vir”, avisou.

Os secretários de estados e municípios compartilham da visão do pesquisador e também pedem para que o ministério ajude a controlar a pandemia. De acordo com o Estadão, eles pedem reforço na estratégia de testes e que haja dinheiro disponível para equipar leitos exclusivos de Covid-19 em 2021, algo que não está previsto no orçamento.

Segundo apurou o jornal paulista, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem dito a interlocutores que, apesar do aumento de casos em alguns locais, não espera a mesma proporção de mortes do começo da pandemia. O general afirma que é preciso observar o comportamento do “novo ciclo” da doença na Europa, para compreender o possível recrudescimento da pandemia no Brasil. Ele analisa que o correto é avaliar a doença em “ciclos” em vez de “ondas”. 

Pazuello também argumenta que o tratamento do coronavírus avançou, mesmo que ainda não exista cura ou vacina para a doença. O ministro afirmou a auxiliares que ainda não vê razões para reforçar as medidas de proteção, pois o aumento da contaminação seria normal neste momento de relaxamento do distanciamento social. Para ele, a curva de óbitos é o indicador de que é preciso agir.

ISOLAMENTO

O discurso do governo Jair Bolsonaro é de que não cabe ao ministério da Saúde impor medidas para restringir a circulação de pessoas, como o fechamento de comércios e escolas, por exemplo, mas aos Estados e municípios. Na prática, a pasta nem sequer estimulou este debate, se limitando a entregar respiradores, custear leitos e repassar recursos para compra de insumos. 

Na quarta-feira (19/11), uma mensagem nas redes sociais do ministério teve de ser apagada por citar “isolamento social” como medida para segurar o vírus, além de reconhecer que não há vacina ou cura para a doença.  Fonte: AratuOn

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