Moradores do município de São Félix, a 120 km de Salvador, fizeram, na manhã desta terça-feira (8/12), um protesto para pedir justiça pela morte de Davi Pereira, ocorrida no domingo (6/12) durante uma ação da Polícia Militar. O jovem, de 22 anos, era casado e deixou um filho de um ano.
Em nota, a PM informou que Davi Pereira Santos Oliveira atirou contra policiais durante uma tentativa de abordagem e, no revide, acabou atingido. A corporação disse ainda que o rapaz chegou a ser levado para o Hospital Municipal de São Félix, mas não resistiu.
Familiares e amigos de Davi, no entanto, contestam a versão da PM. A reportagem da TV Aratu esteve, nesta terça, com a mãe da vítima, Simone Pereira. “Meu filho não devia nada a ninguém. Ele era barbeiro e voltava do trabalho quando a ação ocorreu. Ele nunca teve envolvimento com crime”.
A mãe do jovem disse que a mochila que ele usava no momento da ação desapareceu, e está em busca dos pertences do rapaz. Questionada sobre a presença de uma arma na cena do crime, dona Simone rebateu. “Eles [policiais] que forjaram tudo. Vocês sabem que eles fazem isso: forjam pra dizer que meu filho é traficante. Ele não é traficante”, sustentou. A ação foi praticada por agentes da 24ª Companhia Independente (CIPM/Cruz das Almas).
Ainda em nota, a Polícia Militar argumentou que “o comando da 24ª CIPM, ao tomar conhecimento dos fatos, afastou os policiais militares das atividades operacionais e instaurará um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da ocorrência”.
O corpo de Davi foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Santo Antônio de Jesus. O caso também deve ser apurado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Territorial de Cruz das Almas, onde a ocorrência da suposta troca de tiros foi registrada.
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