O inquérito da Polícia Civil acerca da morte da empresária Givanete de Souza Nogueira, de 52 anos, concluiu que, de fato, o crime foi cometido porque o suspeito, já preso, se recusava a pagar uma dívida de R$ 15 mil que tinha com a vítima.
A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Gabriela Garrido, revelou durante uma entrevista coletiva que o comerciante, de 38 anos, identificado como Éverton Bruno dos Santos Miranda, não confessou o crime, mas que o inquérito foi concluído com indicação de homicídio triplamente qualificado e, com isso, o homem responderá também pelo crime de ocultação de cadáver.
“De início nós percebemos logo que ele estava mentindo e aí nós fomos pegando toda a monitoração de acordo com o carro dele, de acordo com a placa dele e vimos que o caminho que ele fez foi no sentido da estrada de Barra do Choça, onde depois nós descobrimos que ele também, entre a estrada de Barra do Choça e Conquista, ele tem um terreno e que provavelmente ele cometeu esse homicídio lá”, informou a delegada.
“Ele é muito frio, não colaborou com as investigações, o inquérito concluiu que a causa do crime brutal foi realmente a dívida de R$15 mil que ele tinha com ela”, continuou. “A autoria está amplamente comprovada. Nós utilizamos diversos tipos de provas, a única que falta chegar é a comparação do exame de DNA, mas foi inclusive encontrado vestígios de sangue humano dentro do carro que ele usou para transportar a vítima e posteriormente o corpo”, disse Garrido.
Segundo a delegada, Gilvanete morreu estrangulada e lutou para viver. “Existem fatos, até pelo estado como o autor do crime estava, que houve uma luta corporal, ela lutou para viver”, finalizou a delegada que ainda acrescentou a frieza do suspeito.
O CRIME
O corpo de Givanete foi achado, com marcas de agressões e estrangulamento, por cães farejadores da Polícia Militar, na zona rural de Barra do Choça, no dia 21 de janeiro. Ela estava desaparecida desde 19/1), após ter sido vista na Galeria Joaquim Correia, Centro de Vitória da Conquista.
A família da empresária procurou a delegacia para registrar seu desaparecimento, após ela ter saído para encontrar um comerciante que contraiu uma dívida de R$ 15 mil com a vítima após ela autorizar que ele utilizasse o CNPJ dela para fazer compras. Investigações apontam que o homem o já havia passado um cheque sem fundos para saldar a dívida.
Leia a matéria original em AratuOn