O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (10/3), que o sistema de saúde brasileiro “não colapsou, nem vai colapsar”. A declaração aconteceu no mesmo dia em que o país perdeu 2.349 vidas para a Covid-19, o maior número de mortes em 24h desde o início da pandemia. “Vivemos um momento grave no país, com muitas perdas de vidas que foram causadas principalmente pelas novas variantes do coronavírus. Nosso sistema está muito impactado, mas não colapsou nem vai colapsar”, afirmou o ministro.
Atualmente o Brasil passa por um dos piores momentos desde o início da pandemia. Com o alto número de mortes, um levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que Maceió e Macapá são as únicas capitais com ocupação de leitos abaixo de 80% –enquanto 16 já se aproximam ou estão em cenário que indicaria um colapso, com entre 90% e 100% das vagas em uso.
O ministro também voltou a dar declarações contraditórias sobre o volume de vacinas previstas para março. Mais cedo, ainda na quarta-feira, Pazuello disse em evento no Planalto ter garantidas de “22 a 25 milhões” de doses de vacinas para este mês. A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 6 de março, de 30 milhões de doses. A redução é a quinta feita no mês de março.
Em fevereiro, o ministro da Saúde havia projetado uma distribuição de até 46 milhões de doses de vacinas neste mês. Em 4 de março, porém, essa previsão passou para 38 milhões e, dois dias depois, para 30 milhões de doses. No último dia 8, a expectativa divulgada foi “entre 25 e 28 milhões”. Hoje, está “entre 22 e 25 milhões”.
Ele também justificou a redução das estimativas de imunizantes e colocou a culpa na imprensa: “Às vezes, fica de uma forma errada na visão da imprensa e do restante do povo. Não é uma redução. É uma garantia com possibilidades de ir além”. (AratuOn)