Pesquisadores de cinco estados brasileiros sequenciaram amostras que indicam uma possível nova linhagem do coronavírus em circulação no país, segundo informou ontem (12) o Laboratório Nacional de Computação Científica, um instituto do Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações (MCTI) localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Além da linhagem identificada no Reino Unido, o Brasil já tem casos confirmados de duas variantes, P.1 e P.2, que surgiram a partir de cepas que circulavam no país.
A possível nova linhagem foi encontrada no sequenciamento de três amostras, em um universo de 195 que foram analisadas por pesquisadores do Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro. Essa identificação, entretanto, permitiu descobrir que já havia outras amostras com as mesmas características sequenciadas. A informação é da Agência Brasil.
O trabalho foi organizado pelo Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do LNCC, e também participaram quatro universidade públicas: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ao todo, 22 pesquisadores assinam a publicação, que foi submetida a um periódico científico ao mesmo tempo em que os sequenciamentos foram depositados em uma base de dados públicos internacionais (Gisaid).
A coordenadora do Labinfo, Ana Tereza Vasconcelos, explica que os dados compartilhados serão analisados por outros pesquisadores ao redor do mundo para que a identificação da nova linhagem seja confirmada pela comunidade científica. Segundo a cientista, as amostras em que a mutação foi encontrada são de Natal, no Rio Grande do Norte, e do interior da Bahia. (Metro1)