O ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, confirmou à CPI da Covid nesta quarta-feira (12) que a farmacêutica americana Pfizer encaminhou ao governo Bolsonaro uma carta ofertando imunizantes. Ele, no entanto, disse que eram “500 mil vacinas”, e não 70 milhões de doses. Wajngarten disse que tanto ele quanto outros ministros também receberam cópias do documento, enviado em setembro do ano passado.
Em entrevista recente à revista Veja, ele fez duras críticas ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e disse que a recusa do governo à oferta das vacinas ocorreu por “incompetência e ineficiência” da gestão do general.
À publicação, o ex-secretário de Comunicação disse que tomou a dianteira das negociações com a farmacêutica americana diante do desinteresse da pasta da Saúde pela oferta da empresa. Ele afirmou à revista ter documentos que provam isso, como e-mails e registros telefônicos.
Na entrevista, Wajngarten eximiu o presidente de responsabilidade, atribuindo toda a culpa à equipe de Pazuello.
Pazuello, que comandou o ministério entre maio de 2020 e março de 2021, até o momento não se manifestou publicamente sobre as acusações.
Após recusa inicial, apenas em março deste ano o governo federal firmou contrato para compra de 100 milhões de doses da Pfizer, previstas para serem entregues até o fim do terceiro trimestre. Até agora foram recebidas 1,628 milhão desses imunizantes.
Segundo o atual chefe ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pasta negocia a compra de mais 100 milhões, que devem chegar ao país ainda neste ano.
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