Após uma negociação de mais de quatro meses, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari e a Ford fecharam um acordo, na tarde desta quarta-feira (12), para a indenização dos cerca de 4 mil trabalhadores da fábrica. Em janeiro passado, a montadora decidiu encerrar a produção no Brasil, o que provocou o fechamento da fábrica de Camaçari.
O sindicato dos metalúrgicos realizou uma assembleia na tarde desta quarta-feira, quando a ampla maioria dos trabalhadores aprovaram o acordo. Em nota, a Ford informou que a proposta aprovada inclui uma compensação financeira adicional às verbas rescisórias, conforme segue:
• Empregados operacionais: 2,05 salários nominais por ano trabalhado + valor fixo adicional conforme faixas pré-definidas, com garantia de indenização mínima de R$ 130.000,00.
• Empregados administrativos: 1,0 salário nominal por ano trabalhado, com garantia de indenização mínima de R$ 130.000,00.
Também faz parte do acordo a concessão de seis meses de plano médico por meio do Sindicato e uma remuneração adicional para empregados operacionais com restrição médica ocupacional.
Além dos itens previstos no acordo, a Ford já está oferecendo um programa de qualificação dos trabalhadores e também irá oferecer um suporte para recolocação por meio da contratação de uma empresa especializada.
Em fevereiro passado, a Justiça do Trabalho da Bahia suspendeu a demissão coletiva de funcionários da Ford da fábrica de Camaçari, até que o acordo celebrado hoje fosse efetivado. A fábrica de Camaçari foi fechada após 20 anos produzindo os modelos Ford Ka e EcoSport.
Impacto – Segundo um estudo da Superintendência de Estudos Econômicos E Sociais da Bahia realizado em 2019, o fechamento da Ford pode gerar um baque de cerca R$ 5 bilhões na economia baiana, valor equivalente a 2% do PIB (Produto Interno Bruto) do estado. Esta é a quantia estimada de movimentação financeira direta e indireta gerada pelo Complexo Ford.
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