A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumentou em 52% o valor da bandeira vermelha patamar 2, taxa extra cobrada em junho na conta de luz, nesta terça-feira (29/6).
Esse tipo de bandeira que já era a mais cara e havia sofrido aumento de 20% para as contas de julho, agora pesará ainda mais no mês de agosto.
A partir de julho, a taxa passa de R$ 6,243 por 100 kWh consumidos para R$ 9,49 por 100 kWh. As bandeiras tarifárias são cobradas na conta de luz dependendo das condições de geração de energia no país.
Quando as condições são favoráveis, não há cobrança (bandeira verde). Quando há problemas, são cobradas as bandeiras amarela, vermelha ou vermelha patamar 2, a mais alta. As outras bandeiras não sofreram modificações no preço.
O Brasil passa pela maior crise hídrica em mais de 90 anos, o que reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Por isso, o país precisa acionar as usinas térmicas, que produzem energia mais cara.
Na reunião que decidiu o aumento, os diretores da Aneel afirmaram que a conjuntura é “excepcional” e pode piorar. “Há grande probabilidade de termos, no segundo semestre de 2021, cenários mais críticos do que os até aqui conhecidos”, afirmou o diretor da Aneel, Sandoval Feitosa, ao UOL.
MAIS AUMENTO
Alegando a falta de chuvas, a área técnica da Aneel havia defendido um aumento ainda maior de 84%, o que levaria a taxa para R$ 11,50 por 100 kWh consumidos.
Por fim, a agência decidiu adotar um aumento menor agora e convocar uma consulta pública para debater as alterações de metodologia. Feitosa sugeriu que o aumento fosse de apenas R$ 0,25 até a consulta pública, mas foi voto vencido.
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