O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta terça-feira, 2, enviar para a Justiça do Pará as investigações da operação Akuanduba, que investiga exportação de madeira ilegal, que tem entre os alvos o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Ao deixar o posto de ministro, Salles perdeu o foro privilegiado, condição que lhe reservava o direito de somente ser investigado pelo Supremo. Ele deixou o cargo no mês passado pressionado por duas investigações que envolvem a suposta participação dele em esquema de madeira ilegal na Amazônia.
A Polícia Federal investiga o suposto esquema envolvendo agentes públicos e empresários do Brasil e dos Estados Unidos para legalizar madeiras brasileiras, de origem ilegal, retidas em portos norte-americanos
O inquérito, agora, por determinação de Moraes, prosseguirá na primeira instância da Justiça Federal. “Assim, os autos deverão ser remetidos à Justiça Federal de Altamira, para regular prosseguimento da investigação”, escreveu o magistrado.
Perícia realizada pela Polícia Federal no âmbito da operação Akuanduba apontou indícios de “lavagem” de produtos florestais por meio do uso de documentos falsos.
Na decisão, Alexandre de Moraes determinou que todos os atos da investigação devem ser preservados. O ministro entendeu que os supostos crimes ocorreram em Altamira (PA), o que garante a competência para a investigação seguir na Justiça Federal do Pará. (A Tarde)