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Ex-vereador é preso por ser mandante de crime do susposto assassino de Marielle Franco

Christiano Girão, ex-vereador do Rio de Janeiro, foi preso na manhã desta sexta-feira, 30, em São Paulo. Ele é suspeito de ser mandante de assassinatos cometidos pelo ex-policial Ronnie Lessa, apontado como assassino da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e o motorista Anderson Gomes.

A ação desta sexta-feira, também teve como alvo Ronnie Lessa, que já está preso pela morte de Marielle Franco.

Os investigadores descobriram ligação de Girão e Lessa em um duplo homicídio ocorrido em julho de2014. As vítimas foram André Henrique da Silva Souza, o Zóio, e Juliana Sales de Oliveira.

‘Zóio’ seria rival de Christiano Girão na disputa territorial pela Gardênia Azul. Girão estava preso, em um presídio de segurança máxima no Rio de Janeiro na época dos assassinatos, condenador por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por comandar a milícia. No entanto, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), ele ainda controlava a quadrilha.

De acordo com novos depoimentos colhidos pelo MPRJ, Ronnie Lessa matou Zóio a mando de Girão. O assassino interceptou o carro em que o miliciano estava e disparou mais de 40 disparos de arma de fogo. Juliana Sales, mulher de Zóio também morreu.

Ao G1, a defesa de Girão disse que “causa estranheza” a prisão do ex-vereador 7 anos após o crime, mas vai protocolar um habeas corpus ainda nesta sexta-feira.

Ligação com Marielle Franco

De acordo com o Extra, as promotoras Simone Sibílio e Letícia Emile, que integravam a força-tarefa do caso Marielle e foram as responsáveis pela denúncia, acreditam que ao provar que Girão contratou Lessa para Zóio, fica aberta a possibilidade dele ter sido o contratante de outros crimes semelhantes, como as execuções de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Girão foi um dos presos durante após a CPI das Milícias conduzida em 2008 pelo então deputado estadual Marcelo Freixo. Ao ser preso, ele jurou vingança ao parlamentar. Na época, Marielle Franco atuava no gabinete de Freixo e se tornou afilhada política do parlamentar. A investigação acredita que a vereadora pode ter sido um alvo mais fácil, já que Freixo andava cercado de seguranças. Fonte: A Tarde

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