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Após recorde de abstenção, educadores alertam para riscos de não fazer o Enem 2021

Fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é sempre uma experiência importante para os candidatos. Ao menos, é assim que pensa Dielson Hohenfeld, diretor do Departamento de Ensino Superior e professor de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFBA), que defende que os estudantes não devem perder a oportunidade de fazer a prova, mesmo que seja para treinar. “Não se perde nada fazendo o Enem. Pelo contrário, se ganha, pelo menos, em experiência”, diz.

Com a pandemia que ainda não terminou, educadores e outros profissionais que lidam com a preparação para as provas, se preocupam que os índices de abstenção no exame deste ano sejam tão altos quanto na edição passada. O Enem de 2020 foi marcado por grande desistência entre os baianos. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, 51% e 53,7% dos inscritos em 2020, respectivamente, não compareceram no primeiro e no segundo dia. Por aqui, no primeiro dia, dos 444.744 candidatos inscritos, só 217.915 fizeram prova. Já no segundo, apenas 205.918 tentaram a sonhada vaga no ensino superior. 

A marca negativa, dizem os profissionais de educação, teve relação direta com a pandemia e a adoção do ensino remoto, o que desestimulou muitos estudantes. Desistir da prova foi uma decisão que, para quem trabalha no processo preparatório para o Enem, trouxe dois danos diretos: além de não tentarem a aprovação, os estudantes deixaram de se preparar para as edições posteriores.

Treinamento

“É importante que o estudante vivencie este momento do Enem que, em geral, causa nervosismo. Indo ao exame, ele ganha experiência e pode otimizar a preparação porque aquele momento deixa de ser novo e a carga emocional afeta menos o seu desempenho”, afirma Dielson Hohenfeld.

Professor de Língua Portuguesa em colégios como Mendel, Análise e Lince, Luís Alberto usa o latim para afirmar que deixar de fazer o Enem é dormir no ponto e ficar mais distante da futura aprovação.

“Tem uma frase que gosto muito que é ‘Dormientubu ossa’, que significa `ossos aos que dormem` e foi criada em um contexto de caçadores. Acho que é válida para dizer que, em um ambiente de grande concorrência, o candidato precisa se submeter à prova porque, ainda que não passe, é parte importante no processo para que consiga sua vaga na universidade”. 

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