Com o histórico de compra de imóveis em dinheiro vivo, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) votou contra o PL 3.951/2019, que proíbe formas de transação em espécie, como forma de dificultar a lavagem de dinheiro no país.
O texto foi aprovado nesta terça-feira, 24, pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O filho do presidente Jair Bolsonaro tentou pedir vista da proposta, mas o senador baiano Otto Alencar (PSD), que preside a comissão, negou. As informações são da coluna Radar, da revista Veja.
O PL estabelece veta operações acima de R$ 10 mil e pagamento acima de R$ 5 mil para os que não residem no país. Também proíbe a circulação acima de R$ 100 mil, exceto por empresas de valores, e posso de R$ 300 mil, salvo condições específicas e justificáveis.
O relator Alessandro Vieira (Cidadania-SE) emitiu parecer favorável à aprovação, com a inclusão da emenda que também veda uso de dinheiro em espécie em transações imobiliárias. A proposta segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e, depois, poderá ser encaminhada ao Plenário da Câmara.
A emenda pode mexer diretamente com Flávio, que segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) teria gastou mais de R$ 800 mil em dinheiro vivo para a compra de imóveis.
A proposta segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e, depois, poderá ser encaminhada ao Plenário da Câmara.
Segundo o autor do aditivo, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR),esse tipo de operação é rotineiramente usada para esconder patrimônio de origem não justificada ou lavar dinheiro obtido ilegalmente. (ATarde)