O laudo do Instituto Médico Legal de Caratinga (IML) sobre a causa da morte das vítimas do acidente de avião que levava a cantora Marília Mendonça, na sexta (5), está na fase final. O documento vai atestar que todas as cinco vítimas morreram por “politraumatismo contuso”.
O médico legista Pedro Coelho disse a O Globo que isso quer dizer que vários órgãos vitais sofreram múltiplas lesões, o que indica que as mortes aconteceram instantaneamente após a queda. O laudo deve ser entregue à polícia em dez dias.
Legista desde 2015, Coelho estava de plantão no IML de Caratinga na sexta com outros dois profissionais. Por ser um local pequeno, quem está no plantão é chamado pelo celular quando acontece. Ele nunca tinha feito esse trabalho em um caso de queda de avião.
No caso do piloto Geraldo Medeiros e copiloto Tarciso Pessoa Viana, pedidos de análise cardíaca e neurológica foram enviadas para o IML de Belo Horizonte, que faz exames mais complexos. Isso é um procedimento padrão para mortes por causa violenta. Exames toxicológicos também serão feitos.
“É preciso descartar ou confirmar, por exemplo, se o piloto ou o copiloto passaram mal durante o voo, se tiveram ou não um mal súbito. Todo tipo de detalhe precisa ser analisado”, explica.
O médica diz que não encontrou nada atípico no exame e que não há indícios de descarga elétrica – o avião se chocou contra um cabo de torre da empresa de energia Cemig, mas não era um fio de tensão, segundo a operadora. Se houvesse esse tipo de lesão, os corpos apresentariam queimaduras.
O laudo fará parte do inquérito e também ficará à disposição das famílias, se tiverem interesse. (Correio24horas)