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Queiroga defende prescrição médica para vacinação de crianças

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta quarta-feira, 29, os governadores contrários à orientação da pasta pela exigência de prescrição médica e um “termo de consentimento livre declarado” para a vacinação de crianças contra a covid-19. “Para tudo tem uma prescrição. Pelo que eu saiba, a grande maioria deles [governadores] não são médicos, né?  Então, eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais”, declarou Queiroga. 

Na última segunda, 27, o ministério se posicionou favorável à imunização de crianças entre 5 e 11 anos, mas o titular da pasta defende a apresentação da receita médica. A Saúde informou que a vacinação para esta faixa etária pode começar em janeiro, após o fim da consulta pública sobre o tema na próxima quarta, 5. Não há, porém, data definida.

Queiroga reforçou que estados e municípios devem se manifestar por meio da consulta pública. “A recomendação do Ministério da Saúde é aquela que está ali, já foi posta em consulta pública para que a população opine. Se vocês pegarem a jurisprudência das consultas públicas, que o Ministério da Saúde coloca, não é novidade nenhuma, né?  Há dez anos se faz isso, vocês vão ver que as decisões geralmente são mantidas, então aquela que está ali é a proposta do ministério”, disse.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) avalia que não há necessidade da exigência de prescrição médica para vacinar crianças.

Para o ministro, o principal ponto do sucesso da campanha de imunização contra a covid é a “liberdade” do brasileiro em se vacinar. Ele destacou ainda que o Brasil foi um dos primeiros países a aplicar dose de reforço. No entanto, apontou que alguns estados estão aquém do esperado.

“Na região Norte, por exemplo, o estado do Amapá tem uma cobertura que está abaixo da cobertura nacional, o estado de Roraima. Na região Nordeste, o  estado do Maranhão também tem um percentual ainda de 30% que não receberam a segunda dose. No Maranhão a situação só não é mais difícil por conta da capital, São Luís, que se vacina muito bem”, declarou. Fonte: ATarde

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