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Variante ômicron pode ser agressiva para não vacinados

Cansaço extremo, dores pelo corpo – principalmente ma cabeça e garganta -, em alguns casos diarreia e, um pouco mais raramente, perda de olfato e paladar. A ômicron, variante do vírus SARS-CoV-2 que foi detectada pela primeira vez em Botswana e na África do Sul, pode parecer mais amena que outras, mas a infectologista Ceuci Nunes, diretora do Hospital Couto Maia, salienta em entrevista ao A TARDE: “Precisamos levar em consideração o avanço da vacinação, pois quem não se vacinou pode chegar a um estado grave da doença”.

A variante já é responsável por mais de 90% dos casos em Salvador (leia mais na matéria abaixo). 

Relatada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro de 2021, a variante africana possui 50 alterações genéticas, que são os detalhes no genoma do vírus que mudam à medida que ele cria cópias no corpo humano. No caso da ômicron, a maioria dessas mudanças estão na proteína spike do vírus, considerada a chave para entrar na célula humana e iniciar a infecção.

“A ômicron é mais uma das tentativas do vírus de permanecer causando a doença, mas ainda não sabemos completamente se ela é a variante mais virulenta ou não, porque é preciso considerar o avanço e o estágio da vacinação que estávamos quando ela chegou ao país. A vacina tem muita influência no número de casos graves, porque aqueles que não tomaram a vacina e são infectados por essa variante podem chegar sim ao estágio mais grave da infecção”, explica a médica. E sim, novas variantes ainda podem surgir, já que enquanto não tivermos a população mundial vacinada, o vírus continuará a circular e mais mutações podem surgir a partir disso, afirma Ceuci. 

“Os vírus são instintivos e usam esse instinto para sua própria manutenção. As condições para que ele se modifique quem dá é o homem, por isso é preciso que nos preocupemos com os países que não estão se vacinando. O objetivo da OMS agora é ter 70% do mundo vacinado este ano e estamos torcendo para que isso se concretize”, destaca a diretora do Couto Maia. O impacto da vacinação já pode ser visto em todo o mundo, principalmente no que diz respeito ao número de casos graves, mas é essencial que as pessoas continuem se vacinando até completar o esquema, explica Ceuci, que alerta: “Não podemos ter medo da vacina”.

“Digo isso principalmente para as mães e pais que ainda estão temendo levar seus filhos para se vacinarem. As vacinas são seguras, milhões de crianças já foram vacinadas pelo mundo e nada grave aconteceu com elas. Porém, por mais que a vacinação seja a forma mais importante de prevenção, não podemos esquecer que a transmissão da covid-19 é principalmente respiratória e a máscara continua sendo imprescindível, assim como o distanciamento. Não podemos descuidar agora. Com o avanço que temos tido na vacinação, podemos alcançar uma situação mais favorável no final do ano, mas isso vai depender da conduta de cada um”, pontua a infectologista.

Vacinação

Mesmo com o esforço do poder público, cerca de 30 mil residentes de Salvador maiores de 12 anos ainda não apareceram nos postos de vacinação contra a Covid-19 sequer para iniciar a imunização contra a doença.

O contingente preocupa a gestão municipal, que tem feito sucessivos apelos e montado estratégias para estimular o ato.

Ainda segundo a prefeitura, outras 210 mil pessoas estão com a segunda dose atrasada e 472 mil não foram tomar a terceira dose, a chamada dose de reforço. (ATarde)

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