O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão do ex-vice-prefeito de Itagimirim Rogério Andrade, acusado de mandar executar em julho de 2014 o então prefeito de Itagimirim, Rielson Santos (MDB), para herdar o comando da cidade do Extremo-Sul baiano. Em decisão que será publicada hoje, o ministro Nunes Marques, relator do habeas corpus impetrado pela defesa de Andrade junto ao STF, nega o pedido, sob argumento de que o político cumpre prisão preventiva por apresentar periculosidade extrema, perfil violento, capacidade em colocar a ordem social em risco e tendência a repetir condutas criminosas de alta gravidade.
Rastro de sangue
Entre os fatos citados por Nunes Marques para rejeitar a soltura de Andrade, Nunes Marques destaca o assassinato de outras três pessoas apontadas pelo Ministério Público do Estado por suspeita de envolvimento no conluio que resultou na morte de Rielson. Todos eles, cita o ministro, teriam sido mortos em ação típica de queima de arquivo.
Túnel do tempo
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Rogério Andrade, eleito vice-prefeito em 2012 pelo PP, encomendou o assassinato de Rielson após desentendimentos relativos ao pagamento de empréstimos contraídos em nome dele para bancar a campanha da chapa composta por ambos na sucessão municipal de 2012. Contudo, o prefeito se recusou a desviar verbas dos cofres da prefeitura e rompeu políticamente com o vice. Na noite de 29 de julho de 2014, Rielson foi assassinado com três tiros enquanto estava com amigos em um bar de Itagimirim.
Por trás da trama
Em denúncia apresentada sobre o caso à Justiça, o MP salientou que matar o antigo aliado foi a forma com a qual Rogério Andrade achou para herdar o controle da prefeitura de 2014 até 2016 e conseguir quitar as dívidas de campanha. Para isso, contratou um matador de aluguel identificado pela polícia como Jaimilton Nunes Lopes, também preso preventivamente. A trama para assassinar o prefeito teria ainda a participação de Sandro Andrade, irmão do vice e posteriormente nomeado por ele para uma secretaria. Dos três envolvidos no crime, apenas Sandro está foragido.
Bloco do eu
Parlamentares e dirigentes petistas garantem que a ofensiva para trocar o senador Jaques Wagner (PT) pelo senador Otto Alencar (PSD) como candidato da situação ao Palácio de Ondina reflete o temor de Rui Costa (PT) em perder protagonismo após deixar o governo. Ao impor a substituição para viabilizar sua candidatura ao Senado sem rachas na base, Rui estaria convicto de que, caso o ex-presidente Lula seja eleito, ele não terá ministério ou cargo expressivo na nova gestão.
Sinuca de bico
Uma eventual entrada do PV na federação de esquerda liderada pelo PT sepulta o plano do vereador André Fraga de concorrer a deputado federal. A aliados, o principal expoente do PV na capital deixou claro que, se o casório vingar, está fora da corrida.
Quem diria! O PT que passou a vida criticando privatizações agora quer privatizar a Embasa! E o pior: quer fazer tudo entre quatro paredes, sem debate com a sociedade, trabalhadores e municípios
Paulo Azi, deputado federal pela União Brasil
Fonte: Correio24horas.