Após determinar a retirada do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, de 2017, das plataformas de streaming, o Ministério da Justiça também decidiu mudar a classificação indicativa da comédia alegando “tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa”. A recomendação etária passou de 14 para 18 anos, em despacho, assinado pelo secretário José Vicente Santini e publicado no “Diário Oficial da União” desta quarta-feira, 16.
A nova classificação etária, com os devidos descritores de conteúdo, deve ser utilizada em qualquer plataforma ou canal de exibição de conteúdo classificável em até cinco dias corridos.
Em nota, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça argumenta que a suspensão busca “a necessária proteção à criança e ao adolescente”. Em 2017, a própria pasta havia liberado o filme com a classificação indiacativa voltada para maiores de 14 anos.
O filme é de 2017 e voltou a entrar no centro de polêmicas após ser criticado por bolsonaristas. Na cena em questão, o ator Fábio Porchat interpreta um pedófilo que tenta fazer com que dois adolescentes o masturbem.
O filme é baseado no livro de mesmo nome escrito pelo humorista Danilo Gentili e lançado em 2009. Ele atua e é um dos roteiristas do longa.
A determinação do Ministério da Justiça atinge Netflix, Globo (dona das plataformas Telecine e Globoplay), Google (YouTube) , Apple e Amazon, que mantém o filme em seus catálogos.
Em nota, o Globoplay e o Telecine informaram que estão atento às críticas ao filme, mas que a decisão de retirá-lo do ar configura censura. Apple, Google e Netflix e Amazon não se manifestaram, mas a comédia ainda segue nas plataformas. Fonte: A Tarde