O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu (PR), determinou que o inquérito que apura a morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda retorne à Polícia Civil. O inquérito foi concluído na semana passada. O Bolsonarista Jorge Guaranho, autor dos disparos que mataram o petista, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Porém, após pedidos do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da família de Arruda, o juiz determinou que a polícia realizasse novas diligências.
O crime aconteceu na noite 9 de julho, quando Marcelo comemorava seu aniversário de 50 anos, com uma festa temática em homenagem ao PT e ao ex-presidente Lula.
O promotor do caso, Tiago Lisboa, destacou para a Justiça a necessidade de buscar imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado trajeto feito por Guaranho no dia do assassinato.
“Razoável seja diligenciado junto ao comércio, residências e vias públicas em que teria transitado o agressor, quando sai da ASSEMIB [Associação dos Empregados da Itaipu Binacional Brasil] em direção à ARESF [Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu] na data do fatídico evento, dirige-se à sua residência e posteriormente retorna à ARESF, para obtenção, com a urgência que a diligência requer, de câmeras de filmagem que possam ter capturado imagens do mesmo, a fim de traçar, com precisão, o percurso realizado pelo agressor”, pede o promotor.
O promotor pede que, caso sejam encontradas imagens, o conteúdo seja enviado ao Instituto de Criminalística para perícia. Ele solicita ainda a realização de depoimentos complementares. O MP cobrou urgência no cumprimento das diligências.
Após a determinação do magistrado, a Polícia Civil afirmou que “irá cumprir as diligências rapidamente”. Posteriormente, a corporação informou que já ouviu mais três testemunhas do crime na terça-feira (19).
“As perícias já tinham sido requisitadas pela autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada; por enquanto, sem previsão de conclusão”, informou. (Metro1)