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Família recebe serragem no lugar do corpo de bebê que nasceu morto

Uma família do Paraná recebeu um pacote cheio de serragem no lugar do corpo de um bebê que nasceu morto. A troca só foi descoberta porque a avó pediu para ver o rosto da neta antes do sepultamento. O caso aconteceu no dia 30 de julho e está sendo investigado pela Polícia Civil. A família e o agente funerário que acompanhou a liberação errada do corpo já prestaram depoimento. 

Após complicações na gestação, a mãe do natimorto precisou fazer um parto de emergência em um hospital de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. A pequena Helena já nasceu sem vida. 

A avó e a tia paterna foram até o hospital fazer a retirada do corpo no hospital, já que os pais da criança ficaram abalados com o ocorrido. No necrotério, a avó contou que o recepcionista se negou a abrir o pacote que seria o corpo de Helena embalado.

A gente foi numa salinha do hospital que tinha três bercinhos e um pacote branco. Só que eu não vi nada, achei que só tinha o berço, até achei que o pacote era o travesseirinho do bercinho. Estava o recepcionista e perguntei cadê o bebê. Ele olhou para mim e falou ‘mas você está achando que é grande o bebê?’, e apontou com o dedo o pacote, branco, tipo quadrado bem lacrado. Daí eu falei que eu queria pedir para ele abrir o pacote, e ele falou ‘eu não toco’. […] Eu estava muito nervosa ainda mais de ver o bebê, não lembro de mais nada”, contou a avó ao g1.

Além da tia e da avó, um agente funerário acompanhou toda a liberação no necrotério. Em seguida, a família seguiu viagem para Imbaú, cidade onde mora. Ao chegar no local onde Helena seria velada, a avó pediu para se despedir da neta antes de preparar o caixão. 

“Quando meu cunhado saiu da funerária foi esse tempo que minha sogra falou vamos aproveitar e ver. A gente queria ver o rostinho. Queria ter aquele adeus com ela. Aí a gente pediu para ele abrir lá, foi a parte que eu gravei. Só tinha serragem, não tinha o corpo da minha sobrinha, tinha papel de bala, era lixo, não é humano isso”, desabafou a tia Julie Glufka.

A família entrou em contato com o hospital e, depois de muito tempo, a instituição conseguiu localizar o corpo de Helena. Ao retornar para Ponta Grossa, a tia e a avó acionaram a Polícia Militar para acompanhar o processo de retirada do corpo.

Em nota, a Unimed, responsável pelo hospital, disse que “equivocadamente o corpo da recém-nascida não foi retirado do necrotério e permaneceu lá até o fim da tarde” do mesmo dia. O hospital informou que iria prestar esclarecimentos à polícia e que se compadecia com a dor da família. Apesar de ter câmeras no local, o hospital não soube informar por que o saco com serragem estava no local. O corpo foi enterrado na noite do mesmo dia. (Correio)

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