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Justiça Militar diz que foi “necessário” PM pisar em pescoço de mulher

A Justiça Militar de São Paulo alegou que foi necessário que o policial militar João Paulo Servato pisasse no pescoço de uma mulher negra de 53 anos para imobilizá-la em maio de 2020.

O PM e outro agente que atuou na ação foram absolvidos no dia 24 de agosto. A vítima foi agredida e teve a perna quebrada ao tentar impedir ação policial contra clientes em seu estabelecimento.

A decisão teve três votos a dois a favor da absolvição. A sentença foi decidida por 1 juiz civil e 4 oficiais da PM. Os oficiais que votaram a favor de absolver o soldado, alegaram que a ação “foi a forma que, em virtude de um desgaste físico e emocional, apresentou-se para o policial cumprir a sua missão de conduzir a Sra Elizabete para o Distrito Policial”.

As informações são da Folha de S. Paulo, que teve acesso aos votos favoráveis dos capitães da PM Alisson Bordwell da Silva e Marcelo Medina.

Eles disseram ainda que os vídeos do caso apresentam “entre 15% e 10% dos confrontos”. As imagens mostram o momento em que João Paulo Servato pisa sobre o pescoço da comerciante, retira o outro pé do chão, inserindo todo o peso na vítima, e a arrasta pelo cabelo.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a Promotoria vai recorrer da decisão. (ATarde)

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