O homem preso nesta segunda-feira (12) por pintar feijões-fradinho para vender como se fossem feijões-de-corda sabia que seu produto era impróprio para consumo.
“Ele confirmou que realmente sabia que fazia a venda do impróprio”, afirmou a delegada Carina Bastos.
O preso, que tem 43 anos e não teve o nome divulgado, foi detido em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele estava vendendo o produto em uma feira em Vilar dos Teles.
Segundo a polícia, após pesquisa de mercado, foi verificado que o preço médio do feijão-fradinho custa R$ 6,50 o quilo e do feijão-de-corda, R$ 27,50.
“Foi recebida uma denúncia e os policiais da Delegacia do Consumidor foram ao local e realmente constataram que funcionava uma fábrica clandestina de feijão-verde. A atuação dos criminosos era tingir o feijão-branco, que é um valor bem inferior, em verde, que é vendido com o valor bem superior”, disse a delegada.
Agentes da Delegacia Especial de Crimes contra o Consumidor (Decon) foram verificar uma denúncia na Rua Visconde da Gávea, na Gamboa, Zona Portuária do Rio, onde encontraram e interditaram uma produção clandestina de feijões pintados. No local, foram achados equipamentos utilizados para o manuseio e manipulação da fraude.
O homem que foi preso é natural do Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, ele afirmou que aprendeu a praticar a fraude em São Paulo e decidiu importar o “negócio” para o Rio de Janeiro há um ano.
Ao ser preso, o homem confirmou à polícia que já realizava a fraude na Baixada Fluminense, nos dias de semana. Já aos fins de semana, ele disse que vendia o produto em São Gonçalo, em uma feira nordestina no bairro de Neves.
O autor, que não teve o nome divulgado, foi preso por crime contra as relações de consumo.
Feijão-de-corda falsificado apreendido pela Decon — Foto: Reprodução/ TV Globo
(G1)