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Professores marcam ato na Governadoria para amanhã, 14, às 9h

Em mais um dia de manifestação na Assembleia Legislativa da Bahia, os professores da rede pública estadual de ensino permanecem em reuniões e tratativas nessa terça-feira, 13. A expectativa era que o projeto de lei do executivo sobre os precatórios do Fundef fosse votado hoje. Com a negativa, a categoria manteve a paralisação e amanhã, 14, se concentram na governadoria, às 9h. O grupo pretende se dirigir novamente à Alba para reavaliar o movimento.

A verba devida pela União já se encontra nos cofres do governo estadual. O repasse dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef) será de 60%: 30% ainda em 2022 e os outros 30% em 2023.  

O impasse para a aprovação do projeto de lei do executivo, que já está na Alba, é o que o documento não contempla o pagamento de juros e moras aos profissionais que estavam em pleno exercício das funções no período de 1998 a 206, ativos, efetivos e contrários temporários da época.

De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), o governo da Bahia se pauta na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 528 (ADPF 528) para pagar somente o valor principal sem juros de mora. Mas para a categoria, há um equívoco de interpretação, já que a ADPF 528 possibilita o pagamento dos honorários contratuais pelos municípios por meio dos juros de mora. “ADPF 528 não diz, não amarra em lugar nenhum que é proibido pagar os juros de mora sobre o nosso valor”, argumenta Marilene Betros – atual coordenador geral em exercício da APLB. Todos concordam que a regulamentação depende de um consenso entre as entidades e as lideranças do governo. 

A sindicalista afirma estar conversando com deputados de situação e oposição para dialogar com o governo do estado. A categoria espera receber o pagamento ainda esse mês de setembro. “Queremos receber antes das eleições. O governo tem que se movimentar, se estruturar, se organizar pra concretizar esse sonho que é estar nas contas individuais de cada um e cada uma trabalhador e trabalhadora em educação”

Líder da Oposição na Alba, o deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) afirmou que a bancada está pronta para votar o projeto de lei (PL 24.631/2022) e defende que os valores sejam pagos integralmente sem descontos e com a correção de juros de mora. “Trata-se de uma decisão judicial e não há o que interferir sobre isso. O direito e o benefício assegurados por lei devem ir integralmente para a mão dos professores. Não há espaço para politicagem”, afirma Sandro Régis.

Outra parte do grupo ocupa o auditório Jorge Calmon na Alba. As associações ali diz não se sentir representada pelo Sindicato. Eles questionam que as negociações só permitem a entrada do sindicato e não é aberta aos professores.  “Está havendo reuniões, mas infelizmente a APLB faz esses acordos sem consultar a categoria, porque teria que fazer assembleias, terminou a reunião teria que fazer as assembleias pra consultar a categoria e dizer o que aconteceu”, contestou Ana Teresa dos Santos Moreira, coordenadora geral da associação profissionais da educação de ensino da rede pública do estado da Bahia.

A breve divisão da categoria se deu porque no encontro do sindicato com a Procuradoria Geral do Estado a Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) não foi convidada. Mas o mal entendido passou. “Amanhã nós estaremos buscando a unidade com os dirigentes da APLB Sindicato para que juntos a gente possa reverter essa situação indo amanhça na Governadoria”, suavizou Marinalva Nunes – coordenadora da Aceb. 

Imagem ilustrativa da imagem Professores marcam ato na Governadoria para amanhã, 14, às 9h

A coordenadora em exercício da APLB garante transparência. “A gente em todo tempo deu retorno a toda categoria aqui fora. Nós não temos divisões. Quem representa a categoria legalmente é a APLB sindicato e a APLB que está negociando”, explica. “É importante a gente manter a unidade, a união de todos porque o propósito é um só: nós queremos o pagamento dos precatórios do Fundef imediatamente com juros e moras. A entidade representativa está aqui  e fala com transparência”, ratifica. (ATarde)

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