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Morte de indígena: PF prende três pessoas em Teixeira de Freitas

Policiais Federais cumprem nesta quinta-feira (6) três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão na cidade de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, contra suspeitos de envolvimento na morte de um adolescente indígena, de 14 anos, no dia 4 de setembro desse ano. Na ocasião o indígena foi identificado como pertencente à etnia Pataxó e morreu após ser atingido por disparo de arma de fogo em ataque realizado contra um grupo de ocupantes de uma fazenda situada na cidade de Prado.

Denominada Tupã, a operação é uma ação coordenada com a Corregedoria Geral da SSP/BA, e investiga as circunstâncias, materialidade e autoria do crime de homicídio que teve por vítima o adolescente G.S.C. As investigações seguem em segredo de Justiça e a deflagração da fase ostensiva objetiva a colheita de provas que, após análise, possam contribuir para o completo esclarecimento dos fatos.

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o registro é fruto de invasão do Território Indígena Comexatibá por grupo de pistoleiros, com ao menos cinco homens armados com armas calibre 12, 32, fuzil ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo. No conflito, os invasores ainda alvejaram outro adolescente, com um tiro no braço e outro de raspão, o jovem foi encaminhado a um hospital da região, mas acabou não resistindo.

Secretário de Assuntos Indígenas do Prado, Xawâ Pataxó conta que o grupo de grileiros somava mais de cinco homens em dois carros. A invasão do Território Indígena Comexatibá aconteceu após retomada indígena de terras em 1º de setembro. A situação se acirrou depois da iniciativa de reconquista de territórios originários.

“Muitos indígenas estão com medo, alguns estão em aldeias nos interiores mais próximos à floresta no próprio território e outros estão amedrontados sem poder sair de suas comunidades até para comprar alimento. Estão com dificuldade em comprar alimento porque se [saírem dos territórios] correm risco de ser mortos”, denuncia.

A APIB ainda aponta para a falta de demarcação no território tradicional Pataxó. “Cansados de esperar, no mês de junho de 2022, aconteceu a ocupação pacífica de uma área do território que era explorada pela monocultura de eucalipto. A partir de então, houve vários ataques aos Pataxó […] mas sem qualquer providências por parte dos órgãos públicos de segurança”. (Correio)

Foto: Divulgação/PF

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