Embora a Bahia ainda não tenha registrado as novas subvariantes da ômicron, a BQ.1 e a XBB, já existe a preocupação com crescimento em outros países e a confirmação de dois casos no Brasil até ontem, no Rio de Janeiro (RJ) e outro em Porto Alegre (RS).
A expectativa é de aumento de casos nas próximas duas semanas também no Brasil, levando em consideração o comportamento do vírus nas outras grandes ondas mundiais.
O início da disseminação é pela Europa e EUA, até chegar na Bahia, segundo a coordenadora do Centro de Operações de Emergência em Saúde, da Secretaria estadual de Saúde (Sesab), Priscila Macedo, que alerta para as pessoas se cuidarem, mas destaca que não precisa haver pânico.
A constatação das autoridades brasileiras de saúde é de aumento de casos da Covid-19 no País nas últimas semanas, principalmente nas regiões Sudoeste e Centro-Oeste. Em testes de farmácia, de acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)?, o índice de positividade, que tinha chegado a quase zero, voltou a subir e nesta semana chegou a 15%.
Também o estudo do Instituto Todos Pela Saúde (ITpS) indica que o número de exames positivos em laboratórios particulares passou de 3% para 17%, representando crescimento de 566% entre meados de outubro e a primeira semana de novembro.
Na Bahia, conforme o último Boletim divulgado pela Sesab, entre 30 de outubro e 05 de novembro 1.019 novos casos confirmados, representando redução de 43% sobre semana anterior. A média de casos ativos cresceu 16,1%, e 8 óbitos notificados.
“Estamos com os números controlados”, afirmou Priscila Macedo, salientando, no entanto, que o baixo número de casos confirmados da doença nas últimas semanas pode ser reflexo de uma retração na procura por testes nas unidades públicas de saúde, bem como a não realização de nenhuma testagem por pessoas com sintomas de gripe.
“Essas pessoas podem estar com Covid-19, mas estão fora dos dados oficiais. Por isso recomendamos a todos que estiverem com esses sintomas, que façam a testagem”, enfatizou, destacando que as variantes da omicron provocam, na grande maioria dos casos, inflação forte na garganta, “muito parecidos com gripe e diferente das primeiras variantes, que atacavam mais os pulmões”.
A indicação é manter todos os cuidados de higiene e, usar máscara em unidades de saúde, onde ainda é obrigatória. Também em lugares fechados, embora não esteja como condição obrigatória. “É uma questão de bom senso. Cada pessoa deve avaliar a situação e se cuidar”, asseverou Macedo.
Ela pontuou ainda que é fundamental que as pessoas completem a grade vacinal recomendada. “Queremos mitigar os efeitos desta nova onda. Não pensamos em medidas restritivas”, disse, enfatizando que a Sesab conta com os municípios para reforçar as testagens e vai acompanhar a evolução da doença para tomar novas providências. (ATarde)