Com o enfraquecimento dos sintomas, promovido pela vacinação, tem sido comum a confusão na hora de diferenciar a Covid-19 da gripe. Independente do diagnóstico, os sintomas típicos, como febre, falta de ar e tosse seca podem ser indicativos de um quadro mais sério, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
O último boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz, revelou um crescimento dos casos de SRAG por Covid-19 em todas as faixas etárias, com destaque para população adulta, especialmente nos maiores de 60 anos.
“Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, que corresponde a novembro e início de dezembro, o SARS-Cov2 foi responsável por quase dois terços dos casos de SRAG e de mortes relacionadas a essa complicação”, aponta Maria Fernanda Grassi, médica e pesquisadora da Fiocruz.
A Bahia está entre as vinte e três unidades federativas que apresentaram crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo até a 48ª Semana Epidemiológica, período de 27 de novembro a 3 de dezembro, conforme o boletim. Entre as capitais, Salvador é uma das vinte que apresentaram crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período.
A médica explica as semelhanças entre as doenças e destaca a necessidade de um diagnóstico médico, através de testes e exames. “Ambos os vírus podem causar sintomas gerais inespecíficos como febre, coriza, dor de garganta, dores musculares, cansaço e até quadros mais graves como a SRAG. É muito difícil fazer o diagnóstico apenas pelos sintomas, é importante identificar a exposição às pessoas infectadas”, diz.
Fonte: ATarde.