A construção do condomínio Vila da Vila no distrito de Santo André, município baiano de Santa Cruz de Cabrália, se tornou alvo de críticas de moradores da região por causa de possíveis impactos ambientais que a obra pode gerar na Área de Proteção Ambiental Santo Antônio, onde será realizada.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o desenho prevê que o condomínio terá uma área total de 74 mil m² e contará com 56 lotes, com imóveis entre 800 a 1.500 m². Também promete oferecer aos moradores conforto, por meio de área gourmet, piscina e uma variedade de lojas dentro dos limites do espaço residencial.
A Associação Bem-Te-Vi Diversidade, que representa residentes da região contrários à construção do condomínio, demonstra preocupação com o que será feito para que a localidade consiga dar espaço ao empreendimento luxo e como isso será revertido à comunidade. A entidade afirma que a população já sofre com questões como fornecimento irregular de água, falta de um sistema de coleta e de tratamento de esgoto.
Além disso, o juiz federal Pablo Baldivieso utilizou dados retirados de documentos da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), para comprovar que o condomínio teria 1.600 m², magnitude que ocupa do 2% dentro de área da Marinha. A informação foi negada pela Castello Cario Brasil Participações, responsável pelo empreendimento.
Apesar da batalha judicial, a realização das obras depende da decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Até que o órgão emita um posicionamento oficial a obra permanece apenas como um plano. (Metro1)
