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Médico acusado de matar colega em Feira de Santana é transferido para presídio

O médico Geraldo Freitas de Carvalho Júnior, acusado de matar um colega de profissão em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, foi transferido nesta terça-feira (9) para o presídio de Jequié, no sudoeste da Bahia. O crime aconteceu em maio de 2021 e irá a júri popular.

O acusado foi preso quatro dias após o sumiço do médico acreano Andrade Santana Lopes, no dia 28 de maio de 2021 – mesmo dia em que o corpo da vítima foi achado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a 20 km de Feira de Santana.

Médico confessou ter matado colega de profissão — Foto: Reprodução TV Subaé

Andrade foi assassinado com um tiro na nuca. Além disso, Geraldo amarrou uma âncora no corpo do colega, para evitar que o corpo dele emergisse das águas do rio.

O acusado confessou o crime à polícia e, desde então, estava preso no Conjunto Penal de Feira de Santana.

Segundo a defesa do acusado, a transferência de Geraldo foi solicitada porque os familiares da esposa de Geraldo moram no sudoeste da Bahia.

Apesar da transferência, ele continua à disposição da vara do júri de Feira de Santana e quando acontecer o julgamento, ele deverá voltara para a cidade.

Relembre caso

O médico Andrade Lopes Santana, desapareceu no dia 24 de maio, quando saiu de casa em direção à cidade de Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

O médico Andrade Lopes desapareceu em 24 de maio de 2021, quando saiu da cidade de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana. Neste mesmo dia, o sumiço foi registrado em delegacia por Geraldo.

Os dois médicos eram amigos e estudaram medicina juntos em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia para trabalhar.

Antes de ser apontado como suspeito do crime, Geraldo Freitas recebeu os familiares de Andrade, que saíram do Acre para acompanhar as buscas pelo corpo.

Corpo foi achado no Rio Jacuípe — Foto: Polícia Civil

Corpo foi achado no Rio Jacuípe — Foto: Polícia Civil

Na época do crime, o delegado Roberto Leal, responsável pela investigação, explicou que o homicídio foi motivado por um desentendimento entre os dois médicos. Geraldo comprou uma caminhonete em nome de Andrade, porque não tinha nome limpo no Serasa, e não fez o pagamento acordado.

A defesa de Geraldo alega que ele não tinha a intenção de matar Andrade. A polícia, no entanto, acredita que houve premeditação, já que o acusado levou Andrade para o meio do rio de propósito, para cometer o crime e, além da arma, levou uma âncora para o local do passeio. (G1-BA)

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