Uma mulher de 50 anos receberá indenização de R$ 500 mil por ser mantida em condição análoga à escravidão por 44 anos em Porto Seguro, extremo sul da Bahia. Um acordo foi firmado com a família da patroa pelo Ministério Púbico do Trabalho (MPT) e pela advogada da vítima.
O valor pago será obtido com a venda pelos dois herdeiros da empregadora de uma casa e uma fazenda. Até o prazo dado no acordo, firmado em agosto, para a conclusão da venda, os dois filhos da ex-patroa estão mantendo o pagamento de um salário mínimo mensal à vítima.
Maria*, nome fictício usado para preservar a identidade, não tinha certidão de nascimento. Já que não há informações sobre sua origem e registros de que não falava português, as suspeitas são de que ela tenha origem no continente africano.
A vítima trabalhou em uma fazenda no sul baiano até as mortes dos seus patrões. Com a morte da patroa, ela foi morar com um dos filhos da ex-empregadora, onde sofreu maus-tratos. Ela foi auxiliada pelo Centro de Referência em Assistência Social (Creas) e pelo MPT. Fonte: Metro1