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Bolsonaro ataca Lula e faz discurso eleitoreiro em assembleia da ONU

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira, 20, em Nova York, nos Estados Unidos, traçou um cenário do Brasil muito distante da realidade. 

Durante cerca de 20 minutos, ele insistiu por vários momentos em fatos que não correspondem à verdade em uma estratégia claramente eleitoreira.

Bolsonaro aproveitou a oportunidade também para atacar, ainda que tenha evitado citar diretamente, o seu principal adversário nas eleições presidenciais. Ao falar de casos de corrupção na Petrobras e afirmar que teria “extirpado a corrupção sistêmica que existe no país”, Bolsonaro disse que o responsável por isso “foi condenado em três instâncias”, ignorando o fato de as sentenças terem sido derrubadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Discurso

Apesar de ter minimizado a COVID-19 desde o início da pandemia e boicotado a compra de vacinas, Bolsonaro iniciou a fala na ONU enaltecendo seu governo pela eficiência na vacinação da população. 

“Não poupamos esforços para salvar vidas e preservar empregos (…) Lançamos amplo programa de imunização, inclusive, com produção doméstica de vacina. Já temos mais de 80% da população vacinada”, disse. 

Conhecido em todo mundo como um dos maiores incentivadores da destruição da Amazônia e da invasão de terras indígenas, Bolsonaro disse que o Brasil é referência na preservação ambiental. 

“A Amazônia continua intocada, ao contrário do que a imprensa nacional e internacional falam”, destacou. 

Durante a apresentação, o presidente brasileiro reforçou ser defensor “da família e do direito à vida desde a sua concepção” e repudiou a “ideologia de gênero”.

O longo histórico de ataques às mulheres e de atos machistas e misóginos não impediu Bolsonaro de mentir ao dizer que é um defensor das mulheres. 

“Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso”, afirmou. 

A chefes de Estado e autoridades de diversos países do mundo, Bolsonaro também quis passar a impressão de que a economia brasileira está em pleno processo de recuperação, com expansão do emprego e queda da inflação, e disse que o Brasil vai crescer 3% este ano. 

“A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada”, disse. 

No plano internacional, o presidente do Brasil abordou o conflito entre Ucrânia e Rússia, que já dura sete meses. Ele afirmou não concordar com sanções econômicas impostas ao país russo e que a guerra tem prejudicado a economia. “A solução para o conflito somente será alcançada pela negociação envolvendo diálogo”. (ATarde)

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