Estudantes e professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) se reuniram na Reitoria da instituição, no Canela, em Salvador, nesta quinta-feira (6), para protestar contra o novo corte no orçamento das instituições de ensino federais realizado pelo Ministério da Educação. De lá, eles saíram em caminhada passando pelo Campo Grande e seguindo pela Avenida Sete.
O corte foi denunciado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que durante a manhã fez uma reunião com os reitores para discutir os impactos da medida e elaborar uma resposta conjunta sobre o assunto. Mais detalhes serão divulgados durante a tarde.
Os estudantes levaram faixas e cartazes pedindo por mais respeito a educação e contra a corrupção. O grupo começou o ato nas escadas que dão acesso ao prédio, até que às 11h15 as portas do salão nobre foram abertas e o grupo ocupou o auditório. As cadeiras, galerias e corredores ficaram lotados. Lideranças se alternaram em discursos com palavras de ordem antes de sair na caminhada. A região do Centro ficou bastante congestionada com o ato.
Cortes
A Andifes denunciou, nesta quarta-feira (5), que o Governo Federal realizou mais um bloqueio de recursos no Ministério da Educação (MEC). O novo decreto formaliza o contingenciamento no âmbito de todo o MEC de R$ 2.399 bilhões, sendo R$ 1.340 bilhão anunciado entre julho e agosto e R$ 1.059 bilhão agora. Segundo a associação, dirigentes da entidade foram chamados pelo secretário da Educação Superior do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas de Souza, para uma reunião e foram informados que o decreto de contingenciamento aumentou o bloqueio de recursos da Pasta para R$ 2,399 bilhões. Desse total, R$ 1,340 bilhão foram anunciados entre julho e agosto e R$ 1,059 bilhão agora.
“Considerando a já preocupante situação financeira vivenciada pelas universidades federais, agravada pela edição de novo Decreto, a Diretoria da Andifes está convocando uma reunião extraordinária de seu conselho pleno, para quinta-feira para discutir o contexto e debater as ações e providências”, informou a Andifes por meio de comunicado. (Correio)
Foto: Gil Santos/CORREIO