Após repercussão negativa e críticas do sindicato de trabalhadores, os Correios decidiram suspender uma cartilha interna que trazia orientações sobre prevenção e enfrentamento à violência no trabalho.
O material trava “conduta inconveniente” com “comentários de duplo sentido” e “olhares sedutores” como atos que não podem ser classificados como assédio sexual. Ainda segundo o texto, uma “proposta sexual” também não poderia ser caracterizada como assédio desde que seja “feita sem insistência”.
A cartilha lista que “conduta inconveniente numa festa de trabalho, onde um colega ou chefe, após algumas doses a mais, faz comentários de duplo sentido e lança olhares sedutores” só seria considerada assédio se “houver alguma ameaça concreta e ela for posta em prática mais tarde”.
A coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, entrou em contato com a empresa, que afirmou que o material foi elaborado pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) e se baseou em bibliografias externas.
A estatal também pontuou que está revisitando as fontes consultadas para avaliar a necessidade de adequações. (Metro1)